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domingo, 14 de julho de 2013

FÓRUM MINEIRO DE COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS DE MG PROMOVE 28ª REUNIÃO

Aconteceu nos dias 10 e 11 de Julho na Cidade Administrativa, em Belo horizonte a 28ª reunião do FMCBHS, Dentre os vários temas discutidos, presentes na pauta prevista para os dois dias, um dos destaques foi a proposta do Presidente do MOVER e Vice Presidente do CBH PARACATU - Tonhão, que solicitou  ao Secretário de Meio Ambiente de MG, Dr. Adriano Magalhães, que fosse encaminhada ao COPAM - Conselho de Recursos Hídricos de MG e ao CERH - Conselho de Recursos Hídricos de MG, proposta de Resolução Conjunta, criando normas para a construção e manutenção de Estradas Rurais em MG.


A proposta foi acatada por unanimidade pelos representantes dos Comitês de Bacias Hidrográficas de MG presentes à reunião.

"As estradas rurais como tem sido construídas e mantidas, contribuem com 70% da morte de corpos d'água" afirmou Tonhão, apontando este como principal elemento que vem motivando sua insistência no tema dentro dos diversos órgãos colegiados dos quais faz parte. 

Para entender um pouco mais sobre o tema -

Países em desenvolvimento, como o Brasil, enfrentam grandes problemas para o escoamento dos seus produtos, o que acaba contribuindo para o desperdício e um aumento de encargos sobre o produto final. No Brasil a principal rota para o escoamento da produção agropecuária são as estradas. Contudo, verifica-se que grande extensão da rede viária é composta por estradas não pavimentadas, ou como são mais conhecidas, estradas de chão ou ainda estradas vicinais.

Essas vias são responsáveis também pelo acesso, dos moradores do campo, aos serviços básicos como educação, saúde e lazer disponíveis nos grandes centros urbanos. Mesmo possuindo esse papel importante para o bem estar, assim como para a economia do país, nota-se um descaso na manutenção e conservação dessas vias. Como conseqüência desse fato observa-se o surgimento de grandes problemas ambientais, sendo um dos principais, a perda de solo e consequentemente o assoreamento de cursos d’água, devido o surgimento de processos erosivos nessas estradas, sendo que em grande parte esses processos ocorrem devido a falha ou ausência de sistema de drenagem aliado a ação do intemperismo, o que acelera o agravamento dessa questão.

A perda de solo por processos erosivos nas estradas vicinais tem grande poder de evolução, visto a inexistência de uma camada capaz de proteger a via da ação do tempo.

Aliado a esse fato, observa-se que ao atingir as propriedades rurais em torno da área de pesquisa, pode notar um processo de perda de solo se intensifica mais ainda devido o solo ser menos compactado pelo seu emprego na agricultura. Dessa forma, esse dano se torna mais
visível nessas áreas, comprometendo as mesmas, gerando o carreamento desses sedimentos para os cursos d’água ou para os fundos de vale mais próximos, eliminando assim a camada de solo onde há a maior concentração de matéria orgânica, ocasionando com conseqüência a perda de áreas agricultáveis.

Nos mananciais, além do assoreamento, os enxurros podem levar dessas áreas de cultivo, resíduos de defensivos agrícolas, bem como de adubos químicos e outros elementos de correção do solo para cultivo. Ao atingir os cursos d’água, esse material excedente contribui para a eutrofização dos mesmos, diminuindo assim a qualidade da água bem como da fauna e flora aquática.

Fonte: PROCESSOS EROSIVOS E PERDA DE SOLO EM ESTRADAS VICINAIS
Hermenegildo Henrique Soares Júnior e Osmar Mendes Ferreira
Universidade Católica de Goiás – Departamento de Engenharia – Engenharia Ambiental

 

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DO MUNICÍPIO EM TEMPO REAL

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SISTEMA INTEGRADO DE DADOS AMBIENTAIS