Foram recebidos os Comitês de bacias Hidrográficas dos Rios Urucuia e Paracatu e demais entidades, lideranças, gestores públicos e privados, cidadãs e cidadãos interessados na questão das águas na região noroeste do estado.
Um acalorado debate, envolvendo as questões não resolvidas pelas audiências públicas anteriores, voltaram às reivindicações dos representantes de vários núcleos de usuários das águas paracatuenses e cidadãos no uso da palavra.
Poluição, mau uso, processos de licenciamentos ambientais falhos, número elevado de barragens e demora nos resultados palpáveis de oitivas públicas como esta foram o foco principal.
Mais uma vez o presidente do MOVER, Tonhão, destacou a importância do repensar sobre o estado das estradas rurais do município, suas concepções e reflexos negativos do ponto de vista ambiental. Defendeu o desenvolvimento de um plano de recuperação desta malha viária, tomando por base a preservação dos cursos d'água que margeiam grande parte dela em nossa região.
O presidente ainda falou sobre os conflitos que o Governo Federal causou, tanto na bacia do São Marcos com a autorização da Usina de Batalha, como em toda a bacia do Paracatu com a política da Transposição do Rio São Francisco.
Este conflito pode ser descrito como a possibilidade de construírem na bacia do Rio Paracatu, três grandes barragens para armazenagem de água para transposição. Será inundada para isso uma imensa área produtiva, geradora de alimentos e divisas para o município.
Ao fim de sua intervenção, Tonhão defendeu a união em torno do trabalho dos CBHs do Paracatu e Urucuia, fazendo cada cidadão a sua parte para que possamos fortalecer a legitimidade destes comitês que são as maiores instâncias da região na gestão dos recursos hídricos.