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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Minas Gerais precisa de novo modelo de gestão das águas

Projeto Manuelzão é exemplo de iniciativa voltada para a preservação dos recursos hídricos.


Comissão das Águas debateu a possibilidade de replicar o Projeto Manuelzão, desenvolvido no âmbito da Bacia do Rio das Velhas

Comissão das Águas debateu a possibilidade de replicar o Projeto Manuelzão, desenvolvido no âmbito da Bacia do Rio das Velhas - Foto: Raíla Melo

O modelo de gestão das águas ainda é o da exaustão em grande parte do território brasileiro. Se não forem implementadas políticas públicas que garantam a sua preservação, o Estado pode vir a vivenciar conflitos pelos recursos hídricos. O alerta foi feito em audiência da Comissão Extraordinária das Águas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada nesta quarta-feira (30/4/14). A reunião foi requerida pelo presidente da comissão, deputado Almir Paraca (PT), e pelos deputados Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) e Pompílio Canavez (PT).
“Diante da crise hidrográfica pela qual o País está passando, a discussão de boas práticas, como as desenvolvidas pelo Projeto Manuelzão em prol da revitalização da Bacia do Rio das Velhas, se faz ainda mais necessária e urgente”, ressaltou o deputado Almir Paraca.
Já o deputado Pompílio Canavez afirmou que os 36 comitês mineiros de bacias hidrográficas têm enfrentado dificuldades, não só em relação ao repasse de verbas do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (Fhidro), como também inerentes aos próprios procedimentos de avaliação e execução dos planos de trabalho. Os parlamentares questionaram ainda a viabilidade técnica e financeira de se reproduzir as ações do Manuelzão em outras bacias hidrográficas.

Segundo Marcus Vinícius Polignano, coordenador do Projeto Manuelzão, para a replicação do projeto seria necessária a apropriação de conceitos e visões. De acordo com ele, estender as metas já propostas pelo Manuelzão para o Rio das Velhas ao conjunto de bacias mineiras seria outra medida para viabilizar a proposta. Na sua avaliação, isso só seria possível se houvesse uma pactuação entre o poder público e a sociedade, sobretudo a população que se encontra no entorno dos rios.
Para ele, o Estado precisa repensar as políticas públicas em função da nova realidade. “O cenário, agora, é o da escassez de água, o que exige inclusive a consolidação de outra legislação. A água mais cara do mundo é aquela que não temos”.
Polignano afirmou também que a recuperação e revitalização das bacias depende da percepção de que os recursos hídricos são patrimônio coletivo. “As disputas pela água advêm justamente da ausência dessa visão solidária e coletiva sobre o uso dos recursos”, salientou. Ele acrescentou que um dos fatores de sucesso do projeto foi mobilizar as populações ribeirinhas para que retornassem ao “sentimento de pertencimento” em relação aos rios.
Ele destacou ainda que o papel da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi também fundamental, pois disponibilizou técnicos de diversas áreas para fomentar o trabalho de avaliação e diagnóstico do Rio das Velhas. “As demais bacias precisam criar parcerias com outras universidades para orientar as ações de revitalização”, disse Polignano.
Projeto Manuelzão pode fomentar políticas públicas
Marcus Vinícius Polignano é coordenador do Projeto Manuelzão
Marcus Vinícius Polignano é coordenador do Projeto Manuelzão - Foto: Raíla Melo
Marcus Vinícius Polignano lembrou ainda a trajetória do Projeto Manuelzão. Ele explicou que o projeto é anterior até mesmo aos comitês de bacias e surgiu em função da atuação de professores do curso de Medicina da UFMG. Os médicos e docentes perceberam que diversas doenças infecciosas, sobretudo as diagnosticadas em crianças de comunidades mais carentes, eram consequências da ausência de saneamento básico. Por isso, em 1994, eles propuseram a criação do projeto que visava à promoção da saúde pública por meio da revitalização da bacia do Rio das Velhas.
Ele contou que, no período, nem em Belo Horizonte havia tratamento sanitário, que acabava por contaminar os rios que abasteciam a Capital e demais cidades em torno do Rio das Velhas. O desafio, segundo Polignano, era implementar uma mudança cultural, fazendo com que os agentes políticos entendessem que ações como a construção de redes de esgoto poderiam não só proteger as bacias como assegurar o bem-estar da população.
O coordenador do projeto disse que ações como a expedição realizada em 2003, ao longo do Rio das Velhas, demonstraram que a recuperação do rio era viável, mesmo depois de 300 anos de degradação. Ele afirmou que eram despejados nele, pelas cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), resíduos de cerca de 4 milhões de pessoas. O projeto fomentou a ação governamental e, hoje, já funcionam estações de tratamento nos rios Arrudas e Onça. “Tínhamos 123 milhões de metros cúbicos sem tratamento. Hoje já é possível pescar em muitos trechos do rio, mas a nossa meta ainda é pescar, nadar e navegar”, disse.
Nesse sentido, Polignano considera que o grande mérito do projeto foi ter se tornado indutor de políticas públicas. Segundo ele, a população ribeirinha passou a reivindicar medidas de revitalização dos recursos hídricos. "No lugar de canalização, de cimentar os córregos, buscamos a sua recuperação", explicou.
Para o representante do Comitê da Bacia do Rio das Velhas, Eduardo Nascimento, o Projeto Manuelzão cumpre, de fato, o papel de ser indutor de políticas públicas, e seu mérito está sobretudo em sua conduta de controle social. No entanto, ele afirmou que os governos devem entender que a água é um bem público e que não pode ser alvo de disputas eleitorais ou de interesses privados.
Igam vai oferecer oficinas
A diretora de Gestão das Águas e Apoio aos Comitês de Bacias do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Renata Maria de Araújo, reconheceu o protagonismo do Projeto Manuelzão. Segunda ela, a entidade consegue traduzir para a sociedade o que seria o “enquadramento dos corpos d'água”, que estabelece o nível de qualidade a ser alcançado ou mantido ao longo do tempo pelos rios. “Quando o Rio das Velhas atingir a classe 2, poderemos pescar e a navegar em suas águas”, explicou.
Ela também ressaltou que a preservação dos recursos hídricos passa pela pactuação de metas com a sociedade e com as políticas nacionais. Renata Araújo falou ainda sobre as oficinas a serem realizadas pelo Igam que vão traçar o panorama hídrico do Estado. “Nosso grande desafio é implementar a gestão das águas em cenários de escassez, incentivar o uso racional dos recursos, pensar um modelo mais sustentável”, concluiu.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Artistas brasileiros gravam clipe em comemoração ao “Dia da Terra”

22 de Abril de 2014


A música foi inspirada na canção Nine out of ten, de Caetano Veloso.

A música foi inspirada na canção Nine out of ten, de Caetano Veloso.

Caetano Veloso, Lenine, Emicida, Criolo, Pretinho da Serrinha são alguns dos cantores que integram o vídeo musical “I’m Alive – Floresta da Tijuca Sessions”. O clipe foi lançado nesta terça-feira, 22 de abril, data em que se comemora o Dia da Terra.

O projeto é da ONG ambiental Rainforest Alliance, que tem a brasileira Gisele Bündchen como um de seus membros. É a modelo quem narra o vídeo gravado na exuberante natureza do Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Em parceria com a organização brasileira Imaflora, a campanha tem o objetivo unir forças com produtores rurais, pecuaristas e comunidades extrativistas para proteger as florestas do Brasil. Em um dos trechos, por exemplo, a canção afirma que “quem louva a beleza da natureza guarda o amanhã”.

“Fico muito feliz e orgulhosa em apoiar os artistas de ‘I’m Alive’, que estão se inspirando na natureza – na própria floresta – e que estão fazendo a parte deles para protegê-la”, afirmou Gisele, no site da organização. “Sinto realmente que agora é tempo de todos nós acordarmos e fazermos o que é preciso. Estamos todos conectados. Estamos todos juntos. E nossa saúde depende da saúde do nosso planeta”, completa a modelo.

A música foi inspirada na canção “Nine out of ten”, de Caetano Veloso, com produção do músico venezuelano Andres Levin e direção de Paula Lavigne e Fernando Young. Para fazer download da canção, a Rainforest Alliance pede que os internautas façam uma doação.


Para o Dia da Terra, uma reflexão


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Pense no seu organismo saudável: existe um equilíbrio perfeito entre todos os órgãos, que se auto-regulam e se complementam. Quando é atingido por alguma doença, o corpo tem seus próprios mecanismos de defesa.

Um espirro pode ser uma forma de se livrar de partículas indesejadas, antes que elas penetrem nosso pulmão; uma febre é um sinal de alerta de que algo não vai bem e até uma inflamação é uma estratégia do nosso sistema imunológico para expulsar um corpo estranho. O fato é que tudo será feito para preservar a integridade desse organismo e evitar a sua morte.

Com a Terra, também é mais ou menos assim que acontece. Pelo menos, baseando-se na Hipótese de Gaia, criada por James Lovelock, cientista inglês que trabalhou na NASA na década de 60 e defende que nosso planeta é um organismo vivo capaz de manter seu próprio funcionamento. (leia O Planeta Terra é um ser vivo?)

Segundo a teoria, ambiente e seres vivos interagem entre si e se influenciam mutuamente. Assim, qualquer alteração na normalidade do sistema implica em ajustes pra que o equilíbrio seja reestabelecido.

E o ser humano tem causado alterações no planeta desde que surgiu por aqui: a Revolução Industrial e a emissão de carbono para a atmosfera – que vem crescendo desde então e provocando aquecimento global; o crescimento acelerado da população e o consumo exagerado dos recursos disponíveis na natureza; a poluição das águas, dos solos e do ar e a produção de grandes quantidades de lixo são exemplos da ação maléfica do homem sobre esse grande ser vivo.

Os cientistas têm nos considerado um câncer no planeta – já que somos parte integrante dele, assim como as células cancerosas também constituem nosso corpo.

Por isso mesmo, talvez esse corpo maior que é a Terra tome suas providências regulatórias e acabe nos eliminando, como uma forma de garantir sua sobrevivência.

O próprio Lovelock acredita que a situação da Terra em função do aquecimento global vai ser tão complicada nas próximas décadas que, até o final do século, 80% da população humana estará extinta. E os outros 20% vão conviver com falta de água e de comida. (leia A Vingança de Gaia.)

Segundo o cientista, o planeta vai conseguir se curar dos danos sofridos – como fez há 55 milhões de anos, quando também passou por um grande aumento de temperatura – mas essa recuperação deve levar cerca de 200 mil anos para se concluir, tempo que nós, humanos, não somos capazes de esperar.

Hoje, 22 de abril, em quase todo o mundo, comemora-se o Dia da Terra (ou Earth Day). Esta é uma boa data para se pensar: queremos mesmo que a espécie humana pague o preço de sua própria extinção para que tudo volte ao normal por aqui?

Este vídeo do WWF ilustra bem a condição básica de Gaia: tudo o que faz parte dela está interligado e as consequências dos atos de cada ser, inevitavelmente, voltam para seus causadores.













sábado, 19 de abril de 2014

Dia 19 de abril comemora-se o Dia do Índio

Publicado em 19/04/2014 

Dia 19 de abril comemora-se o Dia do Índio

Existem mais de 240 povos indígenas no Brasil. São mais de 800 mil pessoas, falando mais de 150 línguas indígenas!

Bispo do Xingu, na Amazônia, desde 1981, e em seu segundo mandato como presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Erwin Krautler acredita que os povos indígenas não têm o que comemorar neste dia 19, Dia do Índio.



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Para ele, a situação desses povos tradicionais piorou nos últimos anos, tanto pela demora na demarcação de terras indígenas, o que favorece os conflitos fundiários e a violência, quanto pela falta de atenção governamental a direitos como saúde e educação.
Crítico de megaempreendimentos na Amazônia, como a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, dom Erwin, que também é secretário da Comissão Episcopal para a Amazônia, foi recebido pelo papa Francisco no Vaticano, no último dia 4. Na ocasião, o bispo denunciou os problemas enfrentados pelos povos indígenas, ribeirinhos e pelas comunidades amazônidas.
“Vivo na Amazônia há quase 50 anos. Sou uma testemunha qualificada para falar sobre esses assuntos. E, como bispo, tenho o direito e a obrigação de chamar a atenção sempre que os direitos humanos forem violados”, disse o austríaco, que tem cidadania brasileira há 23 anos.

Por que o dia 19 de abril é o Dia do Índio?

Em 1940, o 1º Congresso Indigenista Interamericano, reunido em Patzcuaro, México, aprovou uma recomendação proposta por delegados indígenas do Panamá, Chile, Estados Unidos e México.
Essa recomendação, de nº 59, propunha:
1. o estabelecimento do Dia do Índio pelos governos dos países americanos, que seria dedicado ao estudo do problema do índio atual pelas diversas instituições de ensino;
2. que seria adotado o dia 19 de abril para comemorar o Dia do Índio, data em que os delegados indígenas se reuniram pela primeira vez em assembléia no Congresso Indigenista. Todos os países da América foram convidados a participar dessa celebração.
Pelo Decreto-lei nº 5.540, de 02 de junho de 1943, o Brasil adotou essa recomendação do Congresso Indigenista Interamericano. Assinado pelo Presidente Getúlio Vargas e pelos Ministros Apolônio Sales e Oswaldo Aranha, e o seguinte o texto do Decreto:
O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da Constituição, e tendo em vista que o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, reunido no México, em 1940, propôs aos países da América a adoçãqo da data de 19 de abril para o "Dia do Índio", decreta:
Art. 1º - considerado - "Dia do Índio" - a data de 19 de abril.
Art. 2º- Revogam-se as disposições em contrário.
A recomendação de institucionalização do "Dia do Índio" tinha por objetivo geral, entre outros, outorgar aos governos americanos normas necessárias à orientação de suas políticas indigenistas. Já, em 1944, o Brasil celebrou a data, com solenidades, atividades educacionais e divulgação das culturas indígenas. Desde, então, existe a comemoração do "Dia do Índio", às vezes, estendida por uma semana, a "Semana do Índio".

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Quantidade de CO2 na atmosfera prejudica qualidade nutricional dos alimentos

17 de Abril de 2014

Foto Projeto
Quantidade de CO2 na atmosfera prejudica qualidade nutricional dos alimentos / Crédito: gazetavirtual.com.br
Além de acelerar as mudanças climáticas, a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera prejudica também a qualidade nutricional dos alimentos. Estudo publicado recentemente na revista especializada Nature Climate Change revelou que o aumento dos níveis de CO2 inibe nas plantas a transformação de nitrato em proteínas.

"Nós descobrimos que a qualidade dos alimentos está diminuindo com o aumento de CO2 na atmosfera. Várias explicações para esse declínio foram apresentadas, mas esse é o primeiro estudo que mostra que o aumento da concentração de dióxido de carbono inibe a conversão de nitrato em proteínas nas espécies cultivadas pela agricultura", contou Arnold Bloom, autor da pesquisa e professor do departamento de Botânica da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

Conforme reportagem do portal Terra, a assimilação do nitrogênio tem papel fundamental para o crescimento e produtividade das plantas. Nas plantações que cultivam alimentos, esse processo é especialmente importante porque o nitrogênio é utilizado para produzir proteínas essenciais para a nutrição humana. O trigo, por exemplo, fornece 25% de todas as proteínas indispensáveis para o homem.

Para observar a reação a diferentes níveis de dióxido de carbono na atmosfera, os pesquisadores analisaram amostras de trigo colhidas entre 1996 e 1997. Nesse período, ar enriquecido com CO2 foi liberado sobre os campos de pesquisa em diversas concentrações, seguindo o nível de aumento esperado para as próximas décadas. Outras plantas foram cultivadas sem receber esse tratamento.

As amostras colhidas foram colocadas imediatamente no gelo, posteriormente passaram por uma secagem ao forno e embaladas a vácuo. Depois de uma década, novos métodos de análise química foram desenvolvidos e possibilitaram o experimento. "Eles fizeram o estudo, mas obtiveram resultados que não entenderam na época e guardaram com muito cuidado as sementes. Eu sabia que eles haviam guardados as sementes e, como já havia pesquisado essa reação em laboratórios, eu pedi para analisar, por meio delas, a reação nos campos", relatou Bloom.

Ainda de acordo com o portal, no recente estudo, os pesquisadores verificaram que três níveis diferentes de assimilação de nitrato confirmaram que a concentração elevada de dióxido de carbono inibiu a conversão deste elemento em proteína. "Quando esse declínio é repassado à respectiva porção diária de proteína derivada desses grãos, fica claro que a quantidade de proteína disponível para o consumo humano irá cair cerca de 3% quando o nível de CO2 atingir os níveis previstos para as últimas décadas", afirmou Bloom.

A descoberta é preocupante, já que o nível dos gases do efeito estufa na atmosfera não param de subir. Segundo os dados mais recentes divulgados pela Organização Meteorológica Mundial, a concentração global de CO2 em 2012 era de 393.1 partes por milhão - 2.2 acima do valor medido em 2011.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Como evitar o desperdício de alimentos em casa



Planejar a compra, ir mais vezes ao mercado e guardar frutas, verduras e legumes com cuidado são dicas que ajudam a economizar.







Numa limpeza rápida da geladeira, muita coisa vai para o lixo. Se isso acontece com frequência, o desperdício de alimentos está instalado. É hora de melhorar o planejamento das compras, a conservação e o aproveitamento da comida.

O desperdício de alimentos, principalmente de legumes, frutas e verduras, faz mal para o bolso e para o mundo. Um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado em setembro, mostra que um terço de toda a comida produzida no planeta vai para o lixo.

“O desperdício começa antes mesmo de a comida chegar à sua casa: durante a manipulação pós-colheita e na armazenagem são perdidos 54% dos alimentos desperdiçados em todo o mundo. Os demais 46% se perdem nas etapas de processamento, distribuição e consumo. Se não houvesse desperdício, seria possível ter 1,3 bilhão de toneladas de alimentos distribuídos entre as 842 milhões de pessoas famintas”, diz Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu, entidade que defende o consumo consciente.

Para o bolso de uma família, o impacto é de 20% do total gasto no mercado todo mês,


segundo uma projeção feita pelo Instituto Akatu. O gasto médio com alimentação de uma família brasileira é de R$ 478,35 por mês, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou seja, R$ 95,67 por mês vão para o lixo. Veja dicas para se tornar mais sustentável e economizar:

Na hora da compra

Procure frutas e legumes que não estejam machucados. Se o alimento tiver alguma batidinha na casca, vai deteriorar mais rápido, segundo a nutricionista Flávia Fuzzi Barroso, que faz parte da Câmara Técnica de Nutrição Clínica do Conselho Regional de Nutrição 3, em São Paulo. "A maçã, por exemplo, não pode ter um buraco em torno do cabo." Se optar por comprar alimentos com imperfeições, como aqueles que estão em promoção, procure usá-los rápido.


A banana nanica deve ser comprada ligeiramente verde para durar por volta de uma semana. A banana prata pode ser comprada mais amarela, porque amadurece mais devagar. O segredo para comprar verduras fresquinhas é afastar um pouco as folhas para ver se estão boas por dentro. Se estiverem queimadas, vão estragar rápido.

O ideal é comprar frutas, legumes e verduras semanalmente, já que são perecíveis. Uma maneira simples para evitar o desperdício é planejar o cardápio da semana, conferir o que já se tem em casa e fazer uma lista do que é realmente necessário antes de ir ao mercado.

Outra dica para quem vive só ou a dois é comprar pequenas quantidades de uma variedade maior de alimentos, sempre de acordo com o cardápio programado. “Comprar pacotes fechados de meio ou um quilo pode parecer mais vantajoso, mas, se no final, parte dele vai parar no lixo, o prejuízo é maior”, diz Mattar. "No caso das verduras, é possível repartir um maço com amigos e familiares que morem perto ou até com vizinhos."

Como guardar

O armazenamento correto aumenta a vida útil dos alimentos. Frutas, verduras e legumes guardados direito podem ser usados por mais tempo, enquanto aqueles colocados de qualquer jeito na geladeira ou na fruteira têm mais chance de acabar no lixo. Procure armazenar os alimentos de forma organizada para tê-los sempre à vista. Além disso, divida-os de maneira a usá-los na ordem de quais estragam antes.

Verduras – Se estiver com pressa, ao chegar do mercado, tire do saquinho em que as trouxe, seque o máximo possível e coloque em outro saquinho plástico. Tire o ar, feche e ponha na geladeira. Se tiver tempo, o melhor é lavar, esperar secar um pouco, depois comprimir um pano de prato levemente em cima, para secar bem, ou passar na centrífuga, então colocar no saquinho ou em um pote plástico, e guardar na geladeira. “Quanto menos ar e umidade tiver, melhor, porque prolonga a vida útil do alimento. A umidade favorece proliferação de bactérias”, diz Flávia.

Legumes e frutas – É só lavar e secar com o pano de prato. Na hora de lavar, vale passar uma escovinha para tirar a sujeira da casca e deixar de molho em água com uma solução própria para desinfecção de alimentos. Depois, passe água corrente de novo. Alguns legumes, como cenoura e chuchu, devem ser colocados num saquinho plástico antes de ir para a geladeira, já que a temperatura baixa enruga a casca. "Para todos, o segredo é não guardar molhado", afirma Flávia. Maçã e pêra, por exemplo, depois de lavadas, podem ser colocadas diretamente, sem saquinho, na gaveta de baixo do refrigerador. Melancia e melão só vão para a geladeira depois de abertos, com um plástico filme sobre a parte cortada. Banana e batata não precisam ir para a geladeira.

Congelamento

Pratos como feijão e sopas podem ser feitos em maior quantidade e depois divididos em
porções para congelar. É importante anotar a data de congelamento para consumir as comidas mais antigas antes e lembrar-se de incluir essas porções extras no cardápio das semanas seguintes.

Na hora de cozinhar

Aproveite o máximo possível dos alimentos. “Ao cozinhar, não despreze cascas de legumes, talos de verduras nem sementes. Eles são ricos em nutrientes e podem ser usados em receitas saborosas”, afirma Mattar.

Reaproveite as sobras. O feijão pode virar sopa. Arroz, cenouras cozidas ou o que restou da carne assada podem ser usados para fazer bolinhos. Frutas azedas ou maduras demais podem virar doces, compotas, geleias e recheios para bolo. Outra opção é usá-las grelhadas como acompanhamento de carnes e saladas. Legumes bem maduros podem ser aproveitados em molhos, cozidos e antepastos antes que estraguem.

Veja abaixo como fazer um bolo com cascas de frutas. A receita é das chefs Débora Bizarri Paro e Helena Guerra de Azevedo e venceu um concurso de culinária sustentável da Fundação Getulio Vargas (FGV), com apoio do Instituto Akatu, em 2010:

     Bolo de cascas de frutas sortidas

 
Ingredientes


3 copos de cascas de frutas (goiaba, maça, banana, mamão)

2 colheres (sopa) de margarina

2 colheres (sopa) de fermento em pó

3 ovos

2 xícaras (chá) de farinha de trigo integral

2 xícaras (chá) de leite

2 xícaras (chá) de açúcar mascavo

Modo de preparo

Bata no liquidificador todas as cascas das frutas lavadas e o leite e reserve em um recipiente. Em seguida, bata as claras em
neve, as gemas, a margarina e o açúcar mascavo no liquidificador. Acrescente nessa mistura as cascas com o leite já batido, a farinha de trigo integral e o fermento e misture. Leve para assar em forma untada no forno pré-aquecido.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

MOSQUITOS TRANSGÊNICOS NO CÉU DO SERTÃO








Estão ultrapassando todos os limites da coerência. E nós, cidadãos brasileiros, estamos ultrapassando todos os limites de passividade, de aceitação sobre a Ciência usando a população como cobaias!


Com a promessa de reduzir a dengue, biofábrica de insetos transgênicos já soltou 18 milhões de mosquitos Aedes aegypti no interior da Bahia.

Assista ao vídeo real e impressionante:
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A AVALIAÇÃO DOS RISCOS

Apesar da campanha de comunicação da Moscamed, a ONG britânica GeneWatch aponta uma série de problemas no processo brasileiro. O principal deles, o fato do relatório de avaliação de riscos sobre o experimento não ter sido disponibilizado ao público antes do início das liberações. Pelo contrário, a pedido dos responsáveis pelo Programa Aedes Transgênico, o processo encaminhado à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio, órgão encarregado de autorizar ou não tais experimentos) foi considerado confidencial.



Aedes Aegypti transgênicos estão sendo liberados nas cidades baianas de Juazeiro e Jacobina como testes para uma nova técnica de combate à dengue, desenvolvida na Universidade de Oxford. Os insetos geneticamente modificados são programados para gerar proles defeituosas, que morrem prematuramente, assim reduzindo a população do mosquito transmissor da dengue. No entanto, críticas aos riscos envolvidos em tal experimento são feitas pela ONG britânica GeneWatch. 




Leia a reportagem completa:http://www.apublica.org/2013/10/mosquitos-transgenicos-ceu-sertao/

quarta-feira, 9 de abril de 2014

CAPUL PROVOCA MORTANDADE DE PEIXES NO CÓRREGO CANABRAVA




Nesta segunda-feira (07) em Unaí, policiais militares da 16ª Companhia PM Independente de Meio Ambiente e Trânsito (Noroeste de Minas) receberam uma denúncia de degradação ambiental e mortandade de peixes no Córrego Canabrava, no trecho da área urbana.
Os militares deslocaram-se até o local, mais precisamente nos fundos da Cooperativa Agropecuária de Unaí Ltda, para averiguar a denúncia. 

A Guarnição PM constatou que havia resíduos de coloração branca na água, provenientes da tubulação de águas pluviais da Cooperativa, provocando a mortandade de centenas de peixes da espécie conhecida por piaba.



O empreendimento foi autuado administrativamente no valor de R$ 50.001,00 por causar poluição ou degradação ambiental de qualquer natureza, que resulte danos aos recursos hídricos. O representante legal da Cooperativa foi cientificado que deverá comparecer à Delegacia de Policia Civil, assim que for requisitado, para prestar esclarecimentos sobre o crime ambiental.




quarta-feira, 2 de abril de 2014

ESTUDANTES DE PARACATU VISITAM SEDE DO MOVER



Nos dias 26 de 27 de Março, mais de uma centena de estudantes do Colégio Dom Elizeu e do Colégio SOMA realizaram visita educativa à sede do MOVER.

Na ocasião além de palestra educativa, ministrada no auditório para os estudantes, eles aprenderam a produzir pepel reciclado artesanal e também visitaram o viveiro de aves, o minhocário, o depósito de equipamentos eletro eletrônicos usados  recolhidos pelo MOVER e enviadas para empresa de reciclagem. E também o canil onde  os cãezinhos abandonados que são recolhidos pelas ruas da cidade, são medicados e disponibilizados para doação.


Veja as fotos da visita das duas escolas!


CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DO MUNICÍPIO EM TEMPO REAL

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DO MUNICÍPIO EM TEMPO REAL
SISTEMA INTEGRADO DE DADOS AMBIENTAIS