Na madrugada desta terça (07) partiu mais uma expedição de inspeção à calha do Rio Paracatu.
Desta vez. em caráter emergencial, devido aos efeitos da longa estiagem pela qual passa todo o trecho do Rio São Francisco desde a sua nascente.
A preocupação dos integrantes da missão é a de que o Rio Paracatu contribui com cerca de 26% do caudal do São Francisco e segundo alguns relatos de moradores ribeirinhos o nosso Rio Bom (Paracatu em Tupi-Guarani), também já estaria apresentando sintomas da escassez geral que assola todo o estado de Minas Gerais.
O CBH Paracatu é um dos grandes incentivadores desta jornada de fiscalização, promovida pelo Movimento Verde de Paracatu. O presidente do MOVER, Antônio Eustáquio Vieira - Tonhão foi o articulador da ação, reunindo parceiros interessados e beneficiários diretos dos recursos hídricos locais e propôs montar uma equipe composta de biólogos, experientes pescadores da região, imprensa, acadêmicos da área ambiental, produtores rurais e membros do CBH Paracatu para melhor mapear, com riqueza de detalhes o que acontece hoje longe das vistas do consumidor comum, mas que, médio prazo, estará se dando conta da situação, vivendo na pele os efeitos da vazão.
Com um tempo mais dilatado do que a expedição de 2013, o grupo analisará detidamente os problemas detectados e que, infelizmente, se as condições climáticas não melhorarem até o fim do mês de outubro, tendem a se agravar. Desta vez o grupo percorrerá de Paracatu a São Romão em quatro dias, com chegada prevista para a noite do próximo sábado (11).
De acordo com Tonhão: "
É urgente e necessário o posicionamento político e ambiental de nossas autoridades locais, regionais, estaduais e federais na defesa de nosso patrimônio hídrico. Fora os problemas de praxe como o assoreamento dos rios, a falta de projetos que favoreçam a carga hídrica como o das barraginhas e a reeducação patrimonial e ambiental dos usuários, ainda temos a ação climática nos desfavorecendo, então esta não é hora para discursos bonitos no leito do rio seco e sim de serem cumpridas as leis existentes e apertarmos a fiscalização onde está faltando vergonha e sobrando desrespeito."
Ritha Ribeiro
AssCom MOVER
