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sexta-feira, 14 de março de 2014

Mais de 82 mil estão desabrigados com cheias dos rios Madeira e Acre


  • Morador de Rio Branco (AC) usa barco para atravessar região alagada da cidade. Com as fortes chuvas da última semana, o rio Acre continua a subir, inundando áreas do Estado brasileiro, do norte da Bolívia e do leste do Peru
    Morador de Rio Branco (AC) usa barco para atravessar região alagada da cidade. Com as fortes chuvas da última semana, o rio Acre continua a subir, inundando áreas do Estado brasileiro, do norte da Bolívia e do leste do Peru
Mais de 82.500 pessoas estão desabrigadas devido à cheia dos rios Madeira e Acre, que afeta os Estados do Amazonas, Acre e Rondônia. A previsão de chuvas para os próximos dias indica que o nível das águas não deve baixar muito. A situação é mais crítica no Amazonas, principalmente no município de Humaitá, onde foi decretado estado de calamidade pública. A cidade enfrenta desabastecimento de gás, combustível, energia elétrica e diversos itens da cesta básica.
Humaitá fica na calha do rio Madeira, onde o nível das águas é de 25,01 m, a maior cota já registrada na história da região.
O governo amazonense enviou 150 toneladas de alimentos não perecíveis por meio de embarcações e aeronaves, além de kits de higiene, colchões, cobertores, medicamentos, água mineral e material para desinfecção da água.
Na última quinta-feira (13), o governo homologou a situação de emergência nos municípios de Manicoré, Novo Aripuanã, Borba e Nova Olinda do Norte, da Calha do Madeira. Outros oito municípios já haviam decretado emergência.
De acordo com a Defesa Civil do Amazonas, dois municípios seguem em estado de alerta, Eirunepé e Autazes, e outros nove municípios estão em situação de atenção: Parintins, Barreirinha, São Sebastião do Uatumã, Nhamundá, Urucará, Boa Vista do Ramos, Maués, Itacoatiara e Urucurituba.
No Amazonas mais de 13.000 famílias foram atingidas pelas cheias, a quantidade de pessoas afetadas a mais de 66 mil.
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Rios transbordam na região Norte96 fotos

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13.mar.2014 - A Polícia Militar de Rio Branco e o Exército trabalham no transporte de água mineral e outros produtos às famílias que permaneceram em suas casas mesmo com os bairros alagados. Segundo o governo do Acre, os bairros Taquari, Baixada da Habitasa e Ayrton Senna tem policiamento 24 horas para garantir a segurança Leia mais Sérgio Vale/Divulgação
Acre
Em Rio Branco, o rio Acre baixou quase 1 metro nas últimas 24 horas, porém continua acima da cota de transbordamento. Mais de 4.000 pessoas permanecem em três abrigos públicos montados pela prefeitura.
De acordo com as informações da Defesa Civil, o nível do rio Acre estava em 15,87 m às 9h da manhã desta sexta-feira (14). Na quarta-feira (12), o rio atingiu o nível mais alto em 2014, chegando a 16,76 m e deixando quase 1.200 pessoas desabrigadas na capital acreana.
Segundo o tenente coronel George Santos, coordenador da Defesa Civil municipal, o rio deve baixar consideravelmente nos próximos dias, porém ainda não é possível garantir que volte a um estado de normalidade. "Há histórico de enchente até o mês abril, então temos que avaliar as previsões meteorológicas para os próximos dias, mas a situação agora é bem tranquila", disse.
Santos afirmou que que não é possível assegurar uma data para o retorno das famílias aos seus lares. "Estamos trabalhando sem pressa, a estrutura que temos nos abrigos é suficiente para garantir tranquilidade às famílias", completou.
As restrições de tráfego na BR-364, que liga o Acre ao restante do país, continuam. De acordo com o boletim oficial do Governo do Acre, das 7h da manhã até às 19h do dia 13, passaram pelo posto fiscal 20 caminhões com 202 toneladas de alimentos, 30 mil litros de combustível, 12 toneladas de gás de cozinha e 90 toneladas de cimento.
Rondônia
A Agência Nacional de Águas (ANA) informou que, em Rondônia, o rio Madeira atingiu a cota de 19,10 m às 9h desta sexta-feira (14). Segundo a Defesa Civil do Estado, 2.478 famílias estão desabrigadas, totalizando mais de 12.500 pessoas.
A enchente histórica mudou a rotina dos estudantes. Na zona rural, mais de 5.000 alunos estão sem aula. Na capital, várias escolas estão com as aulas suspensas, pois as salas de aulas foram ocupadas pelos desabrigados. O tenente coronel Demargli Farias, da Defesa Civil Estadual, espera instalar 500 barracas enviadas pelo Ministério da Integração Nacional e liberar as escolas nos próximos dias.
Ainda na região metropolitana de Porto Velho, a Defesa Civil se prepara para evacuar todo o distrito do Abunã (220 km da capital). Com pouco mais de 1.000 habitantes, as cerca de 250 famílias que moram na localidade serão removidas para a Vila da Penha e alojadas em barracas.
 


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