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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Tráfico de animais avança nas Rodovias em Minas



Comprar ou vender animais selvagens é crime, mas a prática aumenta no período de férias. A atividade clandestina cresce ano a ano e, de 2012 para 2013, aumentou 40% no Brasil. O tráfego intenso nas estradas, nesta época do ano, fornece uma clientela farta, um atrativo para que comerciantes ilegais ofereçam aos viajantes espécimes da fauna silvestre.

A dificuldade em fiscalizar as estradas e a rota fácil de fuga potencializam a atividade dos traficantes de aves, répteis e mamíferos nas rodovias. O presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Benedito Arruda, afirma que não há levantamento oficial sobre o aumento do tráfico nas férias, mas confirma o incremento do comércio ilegal com as estradas cheias.

Segundo a ONG Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Selvagens (Renctas), a rota do tráfico no Brasil começa com os animais capturados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Falta, portanto, fiscalização que salve os bichos dos criminosos, no momento da captura.


Após retirados do local de origem, os animais são levados para as regiões Sul e Sudeste, principalmente para o Rio de Janeiro e São Paulo. Além das estradas, as vendas acontecem em feiras livres e muitos são exportados para países da Europa e América do Norte.


Entre os compradores, há pessoas interessadas em revender os bichos e famílias que os acham interessantes, ou pensam, equivocadamente, que vão protegê-los aos adquiri-los. Os mais desejados são os papagaios e as araras, que impressionam pela beleza.


Outro animal atraente é o macaco-prego, que é dócil como uma criança e chega a custar até R$ 30 mil. “O problema é que as pessoas não pensam nas consequências ao comprar um bicho desse. No caso do macaco, quando atinge a maturidade sexual, entre 8 e 10 anos, ele fica extremamente agressivo e acaba sendo abandonado”, esclarece Benedito. O macaco-prego está na lista dos animais em risco de extinção no Brasil.



Doenças                                     

Outro risco ocasionado pelo convívio do homem com um animal selvagem é a transmissão de doenças. Arruda cita a raiva (passada por mamíferos), a psitacose (de aves) e até o HIV, que pode ser transmitido por alguns macacos, por meio da mordida.


Mas os malefícios da prática não são restritos aos humanos. De acordo com o CFMV, 38 milhões de animais são retirados da natureza por ano, sendo que 90% deles morrem antes de chegar ao seu destino, devido às formas precárias de captura e ao estresse a que são submetidos.


E a oferta contribui para o incremento da lucrativa atividade. Segundo o Conselho, o tráfico de animais é o terceiro em rentabilidade (perde para o de drogas e de armas). No Brasil, ele movimenta, anualmente, R$ 2,5 milhões e, no mundo, U$ 20 bilhões.


A Polícia Civil lembra que a compra, venda ou guarda de animais silvestres é crime previsto na Lei de Crimes Ambientais. A pena é de detenção de seis meses e um ano, além de multa, por cada animal.

 

Fonte: Hoje em Dia



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