*Por Antônio Eustáquio Vieira - Tonhão
Como as pessoas na maioria das
vezes se informam por meio de catástrofes, temos a certeza de que muitos lerão
este artigo em decorrência do título.
Infelizmente o ser humano a cada
dia que passa vem perdendo suas características de equilíbrio e de
responsabilidade para com a vida.
Constantemente acompanhamos com
muita preocupação nos noticiários, a respeito do colapso que estamos na
eminência de viver pela falta d’água.
Por todos os cantos da região
Sudeste do Brasil a situação é demais preocupante, principalmente por ser a
região mais populosa e a que mais produz nossas riquezas.
O Rio São Francisco está
agonizando e com isto levando ao desespero todas as comunidades que dependem de suas
águas para viver.
Sua vazão média que era de
aproximadamente 3400 metros cúbicos por segundo, estaria hoje a menos de 600
metros cúbicos por segundo, se não fossem as barragens para a geração de
Energia Elétrica, que atualmente despejam 1100 metros cúbicos por segundo no
Oceano Atlântico.
Isto nos mostra claramente que a
bacia do Rio São Francisco está doente pois, mesmo com a diminuição das chuvas,
não está com capacidade para reter em seus solos, as águas que caem todos os
anos para abastecer seus corpos d’água, por meio das milhares de Nascentes e
Veredas existentes por toda a bacia.
A ocupação desordenada e
irresponsável, o uso do solo sem critérios, aliados ao uso excessivo de água sem
os cuidados necessários estão nos
fazendo vítimas de nós mesmos.
Por termos nos tornado seres
gananciosos e sem solidariedade e só termos em mente o desenvolvimento a
quaisquer custos, desrespeitamos os demais mecanismos que fazem parte do
equilíbrio planetário.
A omissão do poder público e
irresponsabilidade das pessoas comuns são os principais ingredientes desta
receita para matar.
* Tonhão é Presidente do Movimento Verde de Paracatu
Biólogo – Especialista em Gestão Ambiental –
Educação Ambiental – Gestão de Cidades e Planejamento Urbano