As lâmpadas mais comumente usadas pelos brasileiros,
as incandescentes de 60 watts, serão encontradas cada vez menos nas prateleiras
das lojas. A partir de hoje, está proibido fabricar ou importar essa lâmpada.
Ou seja, vai vender quem ainda tem estoque e, depois, acabou. O motivo é a
portaria interministerial 1007/2010, que fixou índices mínimos de eficiência
luminosa e determinou as datas para, progressivamente, banir a luz “quente” do
mercado. Essas de 60 w só poderão ser vendidas até o dia 30 de junho do ano que
vem.
O presidente da Associação Brasileira de
Importadores de Produtos de Iluminação (Abilumi), Georges Blum, explica que a
ideia do governo é substituí-las por modelos mais eficientes, como as
fluorescentes compactas e as de LED.
Para especialistas, a medida é positiva, já que as
incandescentes são menos econômicas. “As lâmpadas incandescentes não evoluíram
e, como toda tecnologia, foram superadas por outros tipos de lâmpada”, observa
a gestora de lâmpadas da Loja Elétrica, Marlene Alves de Macedo.
Em média, as lâmpadas fluorescentes gastam quatro
vezes menos eletricidade e duram cerca de oito vezes mais do que as do tipo
incandescente, conforme informações da Associação Brasileira da Indústria de
Iluminação (Abiluz). Outra vantagem, diz a entidade, é que a medida também traz
benefícios à natureza. As incandescentes, além de requisitarem mais
eletricidade, aquecem mais o ambiente, agravando o efeito estufa.
Georges Blum ressalta que a escolha do tipo de lâmpada
em casa pode significar uma economia grande na conta de luz. Ele aconselha que,
antes de optar, é importante comparar as características dos modelos. “Há pelo
menos um critério básico que ajuda o consumidor a fazer essa comparação: a
relação entre a vida útil da lâmpada e o preço”, observa.
De acordo com o dirigente, a eletricidade consumida
pela iluminação pode representar até 20% dos gastos de uma família. “Ao longo
de um ano, se somados os valores economizados com apenas uma lâmpada
substituída, a economia pode chegar a R$ 25. Se trocar quatro lâmpadas, são R$
100 economizados por ano”, calcula.