Nova data ainda não foi acertada pela corporação
MÁBILA
SOARES
Depois
de muita polêmica e protestos das entidades que atuam em defesa dos animais, a
Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) decidiu adiar o leilão de dez cães que
não demonstraram ter aptidão para trabalhar junto à corporação.
Em
nota divulgada no site da corporação, a Polícia Militar (PM) informou que
"o Leilão de Cães, que estava previsto para a data desta terça-feira (16),
às 13h30, no Batalhão de Polícia de Eventos, foi momentâneamente cancelado para
serem realizadas adequações jurídicas e sanados vícios no edital. A nova data
será publicada e difundida oportunamente".
Oito
labradores e dois pastores alemães seriam leiloados, nesta terça, no canil da
corporação, que fica no bairro Saudade, na região leste de Belo Horizonte. O
valor inicial do leilão varia entre R$ 90 e R$ 150, mas a assessoria da polícia
afirma que esse é um valor simbólico e que a ação é uma forma de garantir que
todos interessados participem. Desde 2010, uma norma da corporação proíbe a
doação dos cães e também que policiais militares participem do leilão.
Protesto
O Movimento Mineiro Pelos Direito Animais (MMDA)
entende que os cães não podem ser tratados como mercadoria e que, portanto, não
poderiam ser vendidos. A entidade chegou a pedir ao Ministério Público de Minas
Gerais (MPMG) que entrasse com um ação para impedir a venda dos cachorros, mas
o órgão não atendeu ao pedido.
De
acordo com a Mineiro Pelos Direito Animais (MMDA) , um documento está
sendo elaborado, e, nos próximos dias, a denúncia deve ser oficializada.
"Animais não são produtos, e somos totalmente contra a comercialização de
vidas. Um cão ser bem-tratado não é só ter um abrigo ou estar em dia com a
vacinação. Isso vai muito além", afirmou Adriana Cristina Araújo,
integrante do movimento.