O que outrora foi o Rio da Integração Nacional, no dia de hoje é apenas referência. O dia 04 de Outubro de 2014 marca uma agonia.
O São Francisco sofre as terríveis consequências da estiagem prolongada e o mau uso de suas águas.
Os Comitês de Bacias Hidrográficas há muito vem liderando as ações de prevenção, controle e fiscalização, porém sem um posicionamento político e cidadão quanto à questão da preservação deste curso d'água, torna-se um trabalho ingrato e de simples constatação de que em cem anos, estamos vivendo o maior dos períodos de tristezas e de sentimento de perda.
Muitos apostam na providência divina para a recuperação do volume d'água. Mas o que presenciamos é, em grande parte, a depredação feita pelo homem. E para esta não há ordem dos céus capaz de debelar a ganância e a exploração pela exploração de um bem que não é de ninguém e pertence a todos.
O MOVER expressa a sua extrema tristeza e pesar sobre as inúmeras imagens chocantes que dia a dia, povoam as manchetes de jornais sobre a atual situação do São Francisco e afluentes.
26% das águas do Paracatu engrossam o caudal do São Francisco, mas se por aqui também não nos apoderarmos da prerrogativa da preservação, os efeitos e consequências dos malefícios em breve nos atingirão em cheio.
Paracatu está na bacia do São Francisco e por isso é mais do que dever atuar positivamente, agir de modo a preservar e dar exemplos de preocupação ostensiva com suas águas.
Tememos um futuro sem recursos, mas tememos mais a indiferença das autoridades e mais ainda a do cidadão quando exploram de maneira irracional o que deveríamos tratar com carinho desmedido.
Sem água não há vida.
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Ritha Ribeiro
Asscom Mover
