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A natureza que nos perdoe - Revista Ecológico
Frente Mineira, secretário de Meio Ambeinte, Adriano Magalhães, e o governador de MG, Antônio Anastasia |
Caracterizado Tonhão participa do encontro |
Parque Estadual do Rio Doce |
MEMBROS FAZEM A OPÇÃO POR CHAPA DE CONSENSO |
Publicação: 01/07/2013 08:50
Ideia para minimizar efeitos nocivos da queima do carvão ao meio ambiente teve início em 2001, em Minas e, futuramente, permitirá a cogeração de energia |
Ao ser queimada, madeira gera vários subprodutos gasosos, sendo a maioria muito poluente. Solução aplicada no processo minimiza ação negativa na atmosfera |
Adaptação é possível
No caso da refinaria projetada na UFV, durante o processo, para que a poluição seja controlada, é preciso que a temperatura do gás chegue a 800 ou 1 mil graus centígrados. O queimador deve ficar sempre em funcionamento, misturando os gases pobres e os ricos em função do ciclo operacional da refinaria. O projeto é passível de ser adaptado à maioria dos fornos de carvão. A tecnologia da Refinaria de Carvão Vegetal já vem sendo aplicada com sucesso em dois municípios mineiros e um capixaba.
O empresário Sebastião Fernandes é fornecedor de carvão em Ubá, na Zona da Mata mineira, e há dois anos transformou sua carvoaria numa refinaria ecológica. De acordo com ele, se optasse por se manter no sistema convencional, sua produção poderia poluir quatro cidades da região (Senador Firmino, Divinésia, Dores do Turvo e Ubá), de acordo com a direção do vento. "Foi por isso que adotei o projeto. Hoje, nosso processo é todo mecanizado", diz.
Segundo Barcellos, é possível adotar o esquema na maioria dos fornos de produção de carvão, tanto nos casos dos pequenos quanto nos grandes, desde que eles tenham uma chaminé. "O ideal é ter um ponto de coleta para que o gás seja conduzido até o queimador", orienta. De acordo com ele, o ganho ambiental da refinaria é a destruição de elementos como ácido acético, etanol e hidrocarboneto. "Existem mais de 200 compostos orgânicos na fumaça do carvão, sendo a maioria poluente", diz.
Camarão de água doce da espécie 'Macrobrachium rosenbergii'
O número de espécies extintas e ameaçadas de extinção no planeta Terra continua a crescer por conta das atividades humanas, segundo a nova versão da Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), divulgada hoje. Mais de 700 espécies de plantas e animais foram adicionadas à lista nas suas três categorias de ameaça, elevando o total para 20.934. Outras 4 mil, aproximadamente, foram incluídas em outras categorias.
Entre os destaques estão várias espécies de coníferas (árvores com flores em forma de cones ou pinhas, como os pinheiros), que são os maiores e mais antigos seres vivos do planeta. O status de todo o grupo foi reavaliado, e concluiu-se que 34% das espécies de coníferas estão ameaçadas de extinção.
Uma das que correm mais risco é a araucária, ou pinheiro-do-paraná, classificada desde 2006 como criticamente ameaçada. Espécie típica das regiões mais frias e de maior altitude da Mata Atlântica brasileira, ela teve sua área de ocorrência reduzida drasticamente nas últimas décadas por conta da conversão de matas nativas em áreas de agricultura e silvicultura.
E agora, com o aquecimento global, pode ser que a coisa piore mais ainda para essa árvore, que prefere temperaturas mais amenas. "A modelagem do impacto das mudanças climáticas indica que até o final deste século a espécie poderá estar extinta na natureza", disse o botânico Carlos Joly, da Universidade Estadual de Campinas, coordenador do programa Biota-Fapesp.
Ele ressalta que as listas de espécies ameaçadas (dentre as quais as da IUCN são referência mundial) são uma ferramenta científica indispensável para a conservação da biodiversidade. "A recém criada Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), cuja proposta preliminar do plano de ação 2014-2018 foi colocada em consulta pública na semana passada, utilizará revisões como esta da IUCN, no primeiro diagnóstico global previsto para o final de 2018", afirma Joly.
A IPBES foi criada em 2010 pelas Nações Unidas para fazer pela biodiversidade o que o famoso IPCC faz pelas mudanças climáticas. Joly é um dos diretores do Painel Multidisciplinar de Especialistas do órgão.
Estatísticas.
Dentre as 20.934 espécies consideradas ameaçadas de extinção na nova lista, 4.090 estão na categoria "criticamente em perigo" (137 a mais do que na anterior). Algumas recebem até mesmo uma anotação como "possivelmente extintas", quando já não são vistas na natureza há algum tempo. Como, por exemplo, um camarão de cavernas da Flórida que passou para essa categoria. O grupo dos camarões de água doce foi avaliado por completo pela primeira vez nesta revisão: 28% estão ameaçados.
A revisão passou ainda por alguns grupos específicos de lagartos e plantas. No total, em números exatos, 4.807 espécies foram adicionadas à lista, das quais 709 classificadas como ameaçadas de extinção, em três categorias: 139 criticamente em perigo, 255 em perigo e 315 vulneráveis.
Três espécies foram declaradas extintas nesta revisão: Chioninia coctei (um pequeno lagarto do arquipélago de Cabo Verde, exterminado pela introdução de ratos e gatos nas ilhas); Cyprinodon arcuatus (um peixe da bacia do Rio Santa Cruz, no Arizona, exterminado pela perda de habitat); e Macrobrachium leptodactylus (um camarão de água doce).
Esta é a primeira de duas revisões da lista previstas para este ano. Os números totais globais ficaram assim:
Lista Vermelha IUCN 2013.1:
Total de espécies analisadas: 70,294
Total de espécies ameaçadas: 20,934 (30% das espécies analisadas; são consideradas "ameaçadas" as espécies nas categorias criticamente em perigo, em perigo e vulnerável)
Categorias:
Extinta = 799
Extinta na Natureza =61
Criticamente em Perigo = 4,227
Em Perigo = 6,243
Vulnerável = 10,464
Quase ameaçadas = 4,742
Menos preocupante = 31,846
Dados Insuficientes = 11,671
Risco menor/Dependente de Conservação = 241 (categoria "antiga", que está deixando de ser usada pela IUCN)
Herton Escobar / O Estado de S. Paulo
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