VII FÓRUM BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DEBATE
RUMOS DO SETOR, FRENTE ÀS MUDANÇAS AMBIENTAIS GLOBAIS
Milhares de formadores de opinião - sobretudo educadores, ambientalistas, pesquisadores e ativistas conectados por meio de redes de educação ambiental - confirmaram presença no VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental (VII FBEA), o maior evento do setor, que preencheu dois pisos do Centro de Convenções da Bahia, em Salvador, com centenas de atividades nos quatro últimos dias de março.
Com o tema central "Rumo à Rio + 20 e às Sociedades Sustentáveis", o VII FBEA já consta como evento preparatório oficial da sociedade civil para a Rio + 20, a Conferência que a ONU realizará em junho, também no Brasil, com missão de avaliar os avanços da Eco-92 e perspectivas futuras, com foco na "economia verde" e "governança global".
Explica a educadora ambiental Tita Vieira, coordenadora geral do VII FBEA, que 30 de março - penúltimo dia do conclave - foi dedicado ao evento mundial, com uma Conferência e nove Diálogos Rio+20, em que especialistas debateram com o público quais contribuições dos educadores ambientais levar para o evento mundial.
Outro destaque, diz ela, foi a II Jornada Internacional do Tratado de Educação Ambiental, no dia anterior, que revisitou o principal documento estruturado pela sociedade civil na Eco-92 e que, desde então, é a referência mor para quem atua na área: o Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global. Na condução do debate, estiveram personalidades do setor que coordenaram a construção do Tratado, vinte anos atrás.
Entre os pelo menos 20 Encontros Paralelos organizados por coletivos e redes de educação ambiental, estiveram os de Educação Ambiental com os Catadores, dos Pontos de Cultura e o de Educomunicação, uma nova área em ascensão. Voltado ao bem estar e ecologia interior, o espaço denominado "Tenda Sagrada" oferecerá aos participantes desde sessões abertas de danças circulares e biodança, até o curioso Teatro Lambe-Lambe e a Trilha da Vida - experiência sensorial única criada em Santa Catarina há 15 anos.
Logo ao lado funcionou a Feira Sustentável - ambiente previsto para ações e demonstrações de Economia Solidária - incluiu um leque de atividades artistico-culturais. Neste quesito, entram a exposição, com a comercialização de produtos criativos, e uma variedade de manifestações culturais. Enquanto isso, a Feira Agroecológica e Familiar e a das Reservas Extrativistas Marinhas ultrapassaram a proposta de apresentação da técnicas de produção que respeitam o ambiente, para instigar o fomento de negócios, a divulgação e a troca de experiências.
Mas a grande novidade do VII FBEA foi o crescimento de ações interativas, que marcam a evolução do setor. Entre elas, está o Café Social REBEA, que se apoiou na técnica do world cafe. Nela, ao invés do tradicional palco-platéia, os participantes distribuiram-se em micro mesas temáticas dispostas num mesmo espaço, trocando de micro mesa a cada 20 minutos. Em cada uma, um anfitrião/relator cumpriu o papel de receber e atualizar os novos integrantes, e de animar os debates de tal modo que, ao final, todos participaram em tudo.