Entre os dias 4 e 5, aconteceu a XIX Reunião do Fórum Mineiro de Comitês de Bacias Hidrográficas. Desta vez, em Itajubá, no Sul do Estado.
Temas de interesse, não só da região, mas de toda Minas Gerais estiveram em pauta, também palestras e discussões como: “Atlas de Vulnerabilidade a inundações”, apresentadas pela ANA (Agência Nacional das Águas), “Monitoramento e Alerta de Cheias”, e “Inserção das PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) na Bacia Hidrográfica”, ministradas, respectivamente, pelos professores da Universidade Federal de Itajubá, Alexandre Augusto Barbosa e Geraldo Thiago Lúcio Filho.
O principal objetivo deste Fórum é aproximar as realidades de cada comitê de bacia do Estado e promover um debate sobre os possíveis caminhos de solução de problemas ligados à utilização da água em cada região e os desdobramentos destas questões que afetam ao meio ambiente e ao dia a dia das comunidades como um todo.
A presença do Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (SEMAD), Adriano Magalhães Chaves, foi como sempre, um dos pontos fortes do evento. Ele conduziu a apresentação “Visão Estratégica da SEMAD", além de participar do debate “Integração entre Sistemas de Recursos Hídricos e de Meio Ambiente”. Respondeu a diversos questionamentos dos comitês quanto ao andamento de questões apresentadas no Fórum de Paracatu em maio passado, andamento de projetos, critérios de repasses de fundos à organizações e a integração de ações entre a Secretaria de Meio Ambiente e a de Educação, com vistas a incrementar e dar sustentação aos trabalhos de educação ambiental, dentre outras questões relevantes.
No uso da palavra, o presidente do MOVER, Tonhão, apontou ao Secretário, alguns dos entraves burocráticos na aprovação de projetos que são apresentados à SEMAD pelas organizações ambientalistas e comitês. Segundo Tonhão, os critérios de análise e algumas exigências feitas às instituições acabam por eliminar estes proponentes da disputa por recursos e em vários casos, o projeto é bom, executável e de grande impacto de resultados na localidade. “É preciso rever critérios de aprovação e envolver mais técnicos da área, com conhecimentos específicos, na análise das propostas, com pena de serem engavetadas boas iniciativas, por conta de pequenos ajustes possíveis em cada etapa dos projetos rejeitados.”
Ao final do Fórum, cada comitê teve a oportunidade de encaminhar moções - que são sugestões de melhorias voltadas às bacias, à gestão dos recursos hídricos do Estado e aos projetos submetidos ao FHIDRO – Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais. A próxima reunião do Fórum está marcada para os dias 28 e 29 de setembro, em Almenara – MG.